Demora, descaso, conivência, conluio ou o que?
Isso é o que eu chamo de "samba do crioulo doido".... Eita Brasil.....
Empresas de planos de saúde escaparam de levar R$ 2,67 milhões em
multas por desrespeito ao consumidor e à legislação devido a demora da
ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) em analisar denúncias contra
elas.
Levantamento feito pela Folha com base na Lei de Acesso à
Informação revela que, somente no ano passado, 23 processos abertos
entre 2000 e 2005 prescreveram. Os casos já haviam sido alvo de autos de
infração em primeira instância.
Pela legislação, um processo administrativo paralisado por mais de três
anos caduca. Em 2012, a ANS aplicou R$ 287,4 milhões em multas na
primeira instância.
Relatório do TCU (Tribunal de Contas da União) sobre agências
reguladoras mostrou que, em 2011, a ANS havia aplicado R$ 18 milhões em
multas e arrecadado apenas 1,3% do valor.
A ANS é responsável por fiscalizar os planos de saúde. A Folha já
revelou que a agência leva até 12 anos para julgar processos. Após a
publicação, o Ministério da Saúde iniciou mutirão para analisar os
processos parados.
O ministro Alexandre Padilha foi convidado a falar hoje sobre a situação na ANS em duas comissões da Câmara.
IRREGULARIDADES
Entre os casos prescritos, há denúncias de consumidores contra
operadoras que se recusaram a pagar despesas com internação e
tratamentos, inclusive radioterapia.
Também há casos de empresas que teriam reduzido a rede de hospitais
credenciados sem autorização e, ainda, operadoras que funcionam sem
autorização da ANS.
Em dois processos, a agência deixou de cobrar R$ 1,8 milhão em multas a duas operadoras acusadas de funcionar sem autorização.
A agência diz que, nesses casos, a prescrição ocorreu devido à
impossibilidade de se localizar as operadoras e seus representantes.
A Folha apurou, entretanto, que há a opção de a multa ser aplicada, nessa situação, pelo "Diário Oficial" da União.
Segundo o TCU, os gestores da ANS podem responder administrativamente pelos processos prescritos caso seja comprovada má-fé.
A Folha apurou que a Corregedoria da ANS investiga denúncias de fiscais contra seus superiores que teriam alterado datas de processos para escapar da punição pela prescrição.
Fonte:Folha de São Paulo
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